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Doutoranda da Rede Bionorte é homenageada com o Prêmio Enedina Alves Marques por protagonismo na Engenharia de Alimentos
Reconhecimento reforça o papel das mulheres na ciência e a missão da Rede Bionorte na formação de pesquisadores comprometidos com transformação social e inovação na Amazônia
A engenheira de alimentos e doutoranda Dark Luzia dos Santos Neto foi homenageada com o Prêmio Enedina Alves Marques, reconhecimento nacional concedido a mulheres que se destacam em áreas historicamente ocupadas por homens, como a engenharia. A premiação é organizada pela CREATO. Vinculada à Rede Bionorte, por meio do Programa de Doutorado em Biodiversidade e Biotecnologia na Universidade Federal do Tocantins (UFT), Dark Luzia tem mais de 15 anos de atuação nas áreas de qualidade, inovação e sustentabilidade na cadeia de alimentos.
A premiação valoriza não apenas sua trajetória profissional, mas seu compromisso com o fortalecimento da presença feminina no meio científico e acadêmico. “Sempre acreditei que a presença feminina na ciência e na engenharia precisava ser ampliada e valorizada. A homenagem veio como consequência de um percurso de entrega, comprometimento e amor pela profissão”, destaca a doutoranda.
Dark compartilha que seu engajamento na causa da equidade de gênero foi construído ao longo de vivências pessoais e profissionais. “Minha mãe foi minha primeira referência de liderança. E, hoje, como pesquisadora, empresária e mãe, compreendo que não precisamos escolher entre ser técnicas ou sensíveis — podemos ser tudo o que quisermos”, afirma.
Ao ser reconhecida publicamente, Dark relata que recebeu diversas mensagens de mulheres que se sentiram inspiradas a seguir em frente na carreira. “Nosso exemplo pode ser o impulso que outras mulheres precisam. Isso me tocou profundamente”, relata.
Para ela, a participação feminina na engenharia é essencial para transformar a ciência em um ambiente mais justo e inovador: “Quando mulheres ocupam espaços de decisão, a ciência avança com mais empatia, sensibilidade e visão estratégica”.
Entre os principais desafios, Dark aponta os estereótipos de gênero e a sub-representação feminina em cargos de liderança científica. Como solução, defende políticas institucionais de valorização, programas de mentoria e mais visibilidade para pesquisadoras que estão fazendo a diferença.
A força da Rede Bionorte
Criada para integrar competências acadêmicas na Amazônia Legal, a Rede Bionorte desenvolve programas de formação em Biodiversidade e Biotecnologia, com enfoque em soluções sustentáveis para os biomas amazônicos. Além da excelência científica, a Bionorte também atua como espaço de valorização da diversidade, inclusão e transformação social.
Dark Luzia reforça esse papel. “Sou muito grata à Rede Bionorte e à UFT pelo apoio em minha caminhada. Esse reconhecimento fortalece não só minha trajetória, mas de todas que acreditam na ciência como instrumento de transformação”, diz.
Olhar para o futuro
Para os próximos anos, Dark é otimista quanto à participação das mulheres na ciência. “Estamos construindo esse caminho com estudo, competência e consistência. O futuro será liderado por mulheres que não pedem permissão para brilhar”, finaliza. “Acreditem em seus talentos. O espaço é nosso também — e estamos prontas.”
Data: 30/06/2025