Corpo Discente - Egressos

Jhonatha Barros Cabral
TítuloUSO DE SUBSTÂNCIAS GERALMENTE RECONHECIDAS COMO SEGURAS (GRAS) PARA O CONTROLE DE AFLATOXINAS PRODUZIDAS POR Aspergillus parasiticus NO MILHO (Zea Mays)
Data da Defesa21/10/2024
DownloadVisualizar a Tese(2.66MB)
Banca

ExaminadorInstituiçãoAprovadoTipo
Albert Lennon Lima MartinsUNITINSSimMembro
Aloísio Freitas Chagas JuniorUFTSimMembro
Eduardo Andrea Lemus ErasmoUFTSimMembro
Juliana Fonseca Moreira da SilvaUFTSimMembro
Raphael Sanzio PimentaUFTSimPresidente
Palavras-ChavesAtmosfera modificada; Micotoxinas; Ácidos orgânicos; Commodity agrícola.
ResumoO milho (Zea mays) é um importante alimento utilizado na alimentação humana e animal. É um cereal de grande importância econômica e cultural em todo o mundo. A contaminação por fungos causa danos a essa cultura durante a pré-colheita e pós-colheita, e, além das perdas econômicas, prejuízos à saúde humana e animal, pois alguns fungos produzem as micotoxinas, que são substâncias tóxicas. Dentre as micotoxinas, destacam-se as aflatoxinas produzidas pelo fungo Aspergillus parasiticus, produtor de aflatoxinas tipo B1, B2, G1 e G2. A aflatoxina B1 é a mais perigosa, sendo classificado pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) como substância cancerígena de classe I. O objetivo deste trabalho foi propor uma estratégia eficaz, segura e economicamente viável para controlar o Aspergillus parasiticus e consequentemente reduzir a quantidade de aflatoxinas produzidas. Para isto foram utilizados três ácidos orgânicos (acético, lático e propiônico), substâncias geralmente reconhecidas como seguras (GRAS). Os ácidos foram utilizados para produzir uma atmosfera modificada para promover a inibição do crescimento fúngico. Foram realizados testes in vitro em placas de Petri contendo o meio de cultura ágar batata dextrose, discos de 6mm do inóculo e as substâncias GRAS em três concentrações para cada substância. A leitura dos resultados foi realizada com um paquímetro digital, durante 6 dias. Todos os testes foram realizados em quintuplicata. Os resultados dos testes in vitro demonstraram que o ácido acético na concentração de 0,15%, bem como o ácido propiônico nas concentrações de 0,5%, 0,75% e 1,0%, conseguiram inibir totalmente o crescimento do Aspergillus parasiticus. Para os testes in vivo foram utilizados frascos de vidro com tampa, milho triturado, as substâncias GRAS ácido acético 0,15%, ácido propiônico 0,5% e uma mistura de ácido acético 0,15%/ácido propiônico 0,5% e a suspensão inoculante em uma concentração de 1,0x106 conídios/ml. A quantificação das aflatoxinas totais foi realizada com um kit da Envirologix denominado TotalToxTM Aflatoxin nos tempos de 0, 14 e 28 dias após a inoculação. Os frascos foram preparados em quintuplicata. Quando comparados o resultado do controle no dia 0 com o do 14º dia, observou-se um aumento significativo na concentração das aflatoxinas, que aumentou em 3.110%. Já comparando-se com os resultados dos tratamentos, essa redução na concentração das aflatoxinas foi de 99.6% para o tratamento com ácido acético, 100% para o ácido propiônico e 100% para o tratamento realizado com a mistura de ácido acético/ácido propiônico. Resultados da quantificação realizada no 28° dia mostrou que comparando o controle desse período com o controle no 14º dia houve um aumento de apenas 3,6% na concentração de aflatoxinas. Já este controle comparado com os resultados dos tratamentos mostrou que o ácido acético reduziu a produção de aflatoxinas em 98,72%, o ácido propiônico reduziu em 100% e a mistura de ácido acético/ácido propiônico reduziu em 100% a concentração das aflatoxinas. De acordo com os resultados obtidos no teste in vivo os tratamentos aplicados podem ser propostos como tratamento de escolha para o controle do fungo e consequente redução das aflatoxinas.
AbstractCorn (Zea mays) is an important food source used for both human and animal consumption. It is a cereal of great economic and cultural significance worldwide. Fungal contamination causes damage to this crop during pre-harvest and post-harvest stages and, beyond economic losses, poses risks to human and animal health, as some fungi produce mycotoxins, which are toxic substances. Among these mycotoxins, aflatoxins stand out, produced by the fungus Aspergillus parasiticus, which generates aflatoxins of types B1, B2, G1, and G2. Aflatoxin B1 is the most dangerous and is classified by the International Agency for Research on Cancer (IARC) as a Group 1 carcinogen. The aim of this study was to propose an effective, safe, and economically viable strategy to control Aspergillus parasiticus and consequently reduce the amount of aflatoxins produced. To achieve this, three organic acids (acetic, lactic, and propionic) were used, substances generally recognized as safe (GRAS). The acids were employed to create a modified atmosphere to inhibit fungal growth. In vitro tests were conducted on Petri dishes containing potato dextrose agar culture medium, 6mm inoculum discs, and the GRAS substances at three concentrations for each acid. Results were measured using a digital caliper over a period of six days. All tests were performed in quintuplicate. The in vitro results demonstrated that acetic acid at a concentration of 0.15%, as well as propionic acid at concentrations of 0.5%, 0.75%, and 1.0%, completely inhibited the growth of Aspergillus parasiticus. For in vivo tests, glass jars with lids, crushed corn, GRAS substances (acetic acid 0.15%, propionic acid 0.5%, and a mixture of acetic acid 0.15%/propionic acid 0.5%), and an inoculum suspension at a concentration of 1.0×10⁶ conidia/mL were used. Total aflatoxin quantification was performed using an Envirologix kit named TotalTox™ Aflatoxin at 0, 14, and 28 days post-inoculation. The jars were prepared in quintuplicate. When comparing the control results on day 0 with those on day 14, a significant increase in aflatoxin concentration was observed, rising by 3,110%. However, when compared to the treatment results, reductions in aflatoxin concentrations of 99.6% were achieved with acetic acid treatment, 100% with propionic acid, and 100% with the acetic/propionic acid mixture. Results from quantifications performed on day 28 showed that when comparing the control from this period with the control on day 14, there was an increase of only 3.6% in aflatoxin concentration. Comparing this control with the treatment results showed that acetic acid reduced aflatoxin production by 98.72%, while propionic acid and the acetic/propionic acid mixture reduced aflatoxin concentrations by 100%. According to the in vivo test results, the applied treatments can be proposed as the treatments of choice for controlling the fungus and consequently reducing aflatoxins.
Parceiros