Corpo Discente - Egressos

Francisco Arimatéia dos Santos Alves
TítuloANÁLISE DE BIOTOXINAS MARINHAS EM ÁREAS DE CULTIVO DE OSTRAS DO NORDESTE DO PARÁ (AMAZÔNIA - BRASIL)
Data da Defesa23/09/2022
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Banca

ExaminadorInstituiçãoAprovadoTipo
Dra. Maria Iracilda da Cunha SampaioUFPASimMembro
Dra. Maria Paula Cruz SchneiderUFPASimPresidente
Dra. Silvia Maria Mathes FaustinoUNIFAPSimMembro
Dr. Julio Cesar PieczarkaUFPASimMembro
Dr. Rafael Azevedo BaraúnaUFPASimMembro
Palavras-ChavesDinoflagelados; Veneno de marisco paralítico; Goniautoxina; saxitoxina
ResumoAs ficotoxinas marinhas são compostos orgânicos sintetizados por algumas espécies de microal-gaes, que se acumulam nos tecidos de organismos filtradores, como os moluscos bivalves. Essas toxinas podem causar episódios de intoxicação aguda em humanos, uma grave ameaça à aquicultura e à pesca. No Estado do Pará, Brasil, a ostreicultura tem bases comunitárias, artesanais e sustentáveis, utilizando manguezais como ambiente de cultivo e banco de sementes de ostras. Na produção em pequena escala, muitas vezes não existem métodos estabelecidos para proteger a saúde dos consumidores, elevando os riscos potenciais de surtos de intoxicação por mariscos. Nosso estudo avaliou a presença de ficotoxinas em ostras cultivadas em cinco municípios da região da Amazônia Atlântica (Pará, Brasil) avaliando a qualidade do produto final. Avaliamos ainda as microalgas, a qualidade da água e a variação espaço-temporal de fatores físico- químicos na mesma área. As diatomáceas dominaram a composição das microalgas, seguidas pelos dinoflagelados, alguns dos quais são relatados como potencialmente tóxicos e produtores de toxinas paralíticas de mariscos. Pela primeira vez, descrevemos a ocorrência do dinoflagelado potencialmente tóxico Ostreopsis sp. na região amazônica. Além disso, pela primeira vez, toxinas foram detectadas em ostreicultura no nordeste do Estado do Pará, a saber, GTX2,3, STX e dc-STX, porém, com valores atóxicos. As toxinas identificadas representam uma ameaça potencial para os consumidores de marisco.
AbstractMarine phycotoxins are organic compounds synthesized by some species of microalgae, which accumulate in the tissues of filter-feeder organisms such as bivalve mollusks. These toxins can cause acute intoxication episodes in humans, a severe threat to aquaculture and fisheries. In the State of Pará, Brazil, oyster farming has community, artisanal and sustainable bases, using mangroves as cultivation environment and seed banks oysters. In small-scale production, there are often no established methods of safeguarding the health of consumers elevating the potential risks of shellfish poisoning outbreaks. Our study evaluated the presence of phycotoxins in oysters cultivated in five municipalities in the region of the Atlantic Amazon (Pará, Brazil) assessing the quality of the final product. We further evaluated the microalgae, water quality, and the spatio- temporal variation of physicochemical factors in the same area. Diatoms dominated the microalgae composition, followed by dinoflagellates, some of which are reported to be potentially toxic and producers of paralytic shellfish toxins. For the first time, we describe the occurrence of the potentially toxic dinoflagellate Ostreopsis sp. in the Amazon region. Furthermore, for the first time, toxins were detected in oyster farming in the northeast of the State of Pará, namely GTX2,3, STX, and dc-STX nevertheless, with nontoxic values. The identified toxins represent a potential threat to shellfish consumers.
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