Corpo Discente - Egressos

Tamiris Chaves Freire
TítuloCompostos bioativos de espécies do Gênero Piper no controle de fitopatógenos
Data da Defesa15/09/2022
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Banca

ExaminadorInstituiçãoAprovadoTipo
Dr. Alexsandro Lara TeixeiraCPAFROSimMembro
Dr. Cléberson de Freitas FernandesCNPATSimPresidente
Dr. Marcela CampanharoUNIRSimMembro
Dr. Renato Abreu LimaUFAMSimMembro
Dr. Victor Mouzinho SpinelliUNIRSimMembro
Palavras-ChavesAtividade antifúngica; Atividade antibacteriana; Doenças de plantas; Piperaceas; Bioma Amazônia.
ResumoA busca por métodos alternativos eficientes no controle do crescimento de fitopatógenos que apresentam segurança ao homem e ao meio ambiente é essencial para redução da aplicação de produtos que possuem toxicidade. Em ensaios com diferentes extratos e óleos essenciais de plantas tem-se obtido atividades bactericida e/ou fungicida satisfatórias e promissoras pela capacidade de impedir ou retardar a penetração dos microrganismos em plantas, seja por meio da ativação de mecanismos de defesa, como também pela ação direta sobre o patógeno. Neste trabalho o objetivo foi avaliar a atividade de extratos totais e suas fases orgânicas de espécies do gênero Piper, relacionada ao controle de fitopatógenos. Na primeira avaliação foram preparados extratos aquosos, etéreos e alcoólicos, obtidos a partir de materiais secos de folhas, talos e inflorescências de seis espécies de Piper. Na avaliação de inibição de germinação de urediniósporos de Hemileia vastatrix os extratos foram incorporados ao meio ágar-água (1mL/19mL), após a solidificação, uma suspensão de 1x105 urediniósporos/mL, foi depositada sobre o meio ágar-água e espalhada com alça de Drigalski, as placas foram revestidas com papel laminado e acondicionadas em câmara de crescimento, na ausência de luz em temperatura de 25°C ± 2°C durante 24 horas. A germinação dos esporos foi determinada pela avaliação dos 300 primeiros urediniósporos encontrados na varredura de cada placa de Petri. Para o antibiograma, os testes foram realizados em placas de Petri, onde as atividades antifúngicas e antibacterianas foram testadas. Para isso, 10 μL dos extratos foram depositados em poços de 5 mm de diâmetro em meio de cultura BDA e foram depositados no centro da placa disco micélico de 5mm de diâmetro. Para avaliação das bactérias, esta foi incorporada ao meio Kado e Heskett e discos contendo 10 μL dos tratamentos foram depositados em placa de Petri. As placas foram vedadas e acondicionadas em câmara de crescimento, a 25°C ± 2°C. Em ambos os experimentos foram medidos os halos de inibição formados. Para os testes fitoquímicos a solução etanólica foi preparada utilizando 1g do material vegetal seco (pó) para 10 mL de etanol (96o GL), permanecendo sob agitação por 24 h, logo após foram submetidos à filtração e realização dos testes. Foram avaliadas a presença/ausência de saponinas, flavonoides, taninos, compostos fenólicos, cumarinas, antracnona, alcaloides e triterpenos. Antibiograma foi preparado para avaliar o efeito do extrato alcoólico de P. tuberculatum e P. hispidum e suas fases orgânicas sobre Ralstonia solanacearum, Xanthomonas axonopodis pv. vesicatoria, Rhizoctonia solani e v Sclerotium rolfsii. Todos os extratos etéreos e etanólicos avaliados reduziram a porcentagem de germinação de urediniósporos de H. vastatrix. Extratos etéreos e etanólicos apresentaram inibição do crescimento micelial do fungo R. solani. No teste de antibiograma bacteriano com Ralstonia solanacearum, observou-se que houve efeito inibitório com extratos brutos etéreo de talos de P. aduncum, P. nigrum, e P. umbellatum e folha de P. carniconecctivum. Entre os extratos contra Xanthomonas axonopodis pv. vesicatoria os extratos etéreo de talo e folha de P. carniconecctivum, folha de P. hispidum, folha e inflorescência de P. tuberculatum e os extratos etanólicos de talo de P. carniconecctivum, folha de P. tuberculatum e folha e talo de P. hispidum foram os mais eficientes. Já os extratos aquosos não apresentaram inibição em nenhum dos patógenos avaliados anteriormente. Os resultados obtidos indicam maior inibição ao crescimento dos patógenos com o uso das fases orgânicas dos extratos de P. hispidum
AbstractThe search for efficient alternative methods to control the growth of phytopathogens that are safe for humans and the environment is essential to reduce the application of products that have toxicity. In tests with different extracts and essential oils of plants, satisfactory and promising bactericidal and/or fungicidal activities have been obtained due to the ability to prevent or delay the penetration of microorganisms into plants, either through the activation of defense mechanisms, as well as through the action directly on the pathogen. In this work, the objective was to evaluate the activity of total extracts and their organic phases of species of the genus Piper, related to the control of phytopathogens. In the first evaluation, aqueous, ethereal and alcoholic extracts were prepared, obtained from dry materials of leaves, stems and inflorescences of six species of Piper. In the evaluation of inhibition of germination of urediniospores of Hemileia vastatrix, the extracts were incorporated into the agar-water medium (1mL/19mL), after solidification, a suspension of 1x105 urediniospores/mL was deposited on the agar-water medium and spread with a loop. of Drigalski, the plates were covered with laminated paper and placed in a growth chamber, in the absence of light, at a temperature of 25°C ± 2°C for 24 hours. Spore germination was determined by evaluating the first 300 urediniospores found in the scan of each Petri dish. For the antibiogram, the tests were performed in Petri dishes, where the antifungal and antibacterial activities were tested. For this, 10 μL of the extracts were deposited in 5 mm diameter wells in PDA culture medium and placed in the center of the 5 mm diameter mycelium disc plate. To evaluate the bacteria, they were incorporated into Kado and Heskett medium and discs containing 10 μL of the treatments were placed in a Petri dish. The plates were sealed and placed in a growth chamber at 25°C ± 2°C. In both experiments, the inhibition halos formed were measured. For the phytochemical tests, the ethanolic solution was prepared using 1g of dry plant material (powder) for 10 mL of ethanol (96o GL), remaining under agitation for 24 h, after which they were submitted to filtration and tests were carried out. The presence/absence of saponins, flavonoids, tannins, phenolic compounds, coumarins, anthracnone, alkaloids and triterpenes were evaluated. Antibiogram was prepared to evaluate the effect of the alcoholic extract of P. tuberculatum and P. hispidum and their organic phases on Ralstonia solanacearum, Xanthomonas axonopodis pv. vesicatoria, Rhizoctonia solani and Sclerotium rolfsii. All ether and ethanol extracts evaluated reduced the germination percentage of urediniospores of H. vii vastatrix. Ethereal and ethanolic extracts showed inhibition of mycelial growth of the fungus R. solani. In the bacterial antibiogram test with Ralstonia solanacearum, it was observed that there was an inhibitory effect with ethereal crude extracts of stalks of P. aduncum, P. nigrum, and P. umbellatum and P. carniconectivum leaf. Among the extracts against Xanthomonas axonopodis pv. vesicatoria the ether extracts of P. carniconecctivum stem and leaf, P. hispidum leaf, P. tuberculatum leaf and inflorescence and the ethanolic extracts of P. carniconecctivum stem, P. tuberculatum leaf and P. hispidum leaf and stem were the most efficient. On the other hand, the aqueous extracts showed no inhibition in any of the previously evaluated pathogens. The results obtained indicate greater inhibition of pathogen growth with the use of organic phases of P. hispidum extracts.
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