Corpo Discente - Egressos

Augusto César Paes de Souza
TítuloAVALIAÇÃO DOS EFEITOS GENOTÓXICOS E MUTAGÊNICOS DO VERDE MALAQUITA EM PEIXES DA ESPÉCIE Hemichromis bimaculatus
Data da Defesa07/08/2020
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Banca

ExaminadorInstituiçãoAprovadoTipo
Dra. Barbarella de Matos MacchiUFPASimMembro
Dr. Andre Salim KhayatUFPASimMembro
Dr. Carlos Alberto Machado RochaIFPASimMembro
Dr. Julio Cesar PieczarkaUFPASimPresidente
Dr. Marcelo de Oliveira BahiaUFPASimMembro
Palavras-Chavesmicronúcleo; ensaio do cometa; concentração letal; mutagenicidade; genotocixidade; acará joia.
ResumoO verde malaquita (VM) é um corante que pertence à classe dos trifenilmetanos, amplamente usado na aquicultura como fungicida, bactericida, ectoparasiticida e antiprotozoário. Possíveis efeitos adversos causados pela substância ainda são bastante controversos na literatura. Tendo o objetivo de ampliar o conhecimento sobre os possíveis danos causados pelo VM em peixes, o presente trabalho avaliou os efeitos letais e subletais provocados pelo composto em acara joia, espécie Hemichromis bimaculatus. De forma complementar, foi feita uma revisão dos dados disponíveis na literatura sobre os efeitos causados pelo VM. Os bioensaios de toxidade aguda foram realizados para calcular a CL50 (24 a 96h) e, observar alterações físicas e comportamentais. Na avaliação dos efeitos subletais verificou-se a genotoxicidade através do ensaio cometa (EC) e teste do micronúcleo (MN). Os resultados revelaram que a porcentagem de mortalidade dos peixes aumentou de forma dose dependente; alterações físicas e comportamentais também foram detectadas, como aumento gradual do peso do fígado dos peixes, perda do reflexo de fuga, respiração na superfície do aquário, nado em rodopio, inchaço abdominal, despigmentação das escamas e inchaço nos olhos. O ensaio do cometa indicou um aumento significativo no índice de danos no DNA, enquanto o teste do micronúcleo não demostrou diferença estatisticamente significante na ocorrência de danos dos animais tratados; esses resultados indicam que possivelmente as células expostas ao VM são direcionadas para a morte celular devido ao alto índice de danos causados ao DNA. Embora os resultados sugiram o verde VM representa riscos em peixes expostos, as alterações encontradas neste trabalho ocorreram apenas na maior concentração de exposição (0.75 mg/L). Em concentrações menores (0.25 mg/L e 0.5 mg/L) nenhum efeito adverso foi observado. A concentração máxima de recomendação do VM de uso em piscicultura ornamental é de 0.2 mg/L. Logo, consideramos que, seguindo rigidamente os critérios sanitários e de concentração recomendada para peixes ornamentais, o VM parece não causar efeitos adversos
AbstractMalachite green (VM) is a dye belonging to the class of triphenylmethanes, widely used in aquaculture as fungicide, bactericide, ectoparasiticide and antiprotozoal. Possible adverse effects caused by the substance are still quite controversial in the literature. The present work evaluates the lethal and sublethal effects caused by the compound in Jewel cichlid, Hemichromis bimaculatus species. In a complementary way, a review was made of the data available in the literature on the effects caused by the VM, in order to increase the knowledge about this compound. Acute toxicity bioassays were performed to calculate LC50 (24 to 96 hours), and to observe physical and behavioral changes. In the assessment of sublethal effects genotoxicity was verified through the comet assay (EC) and micronucleus (MN) test. The results showed that the percentage of fish mortality increased in a dose dependent manner; physical and behavioral changes were also detected, such as gradual increase in fish liver weight, loss of leakage reflex, breathing on the surface of the aquarium, swirling, abdominal swelling due to fluid retention, depigmentation of the scales and swelling of the eyes. The comet assay indicated a significant increase in the DNA damage index, whereas the micronucleus test did not demonstrate a statistically significant difference in the occurrence of damage of the treated animals; these results indicate that possibly VM-exposed cells are targeted for cell death due to the high rate of DNA damage. Although the results suggest that green VM poses risks in exposed fish, the alterations found in this work occurred only at the highest concentration of exposure (0.75 mg/L). At lower concentrations (0.25 mg/L and 0.5 mg/L) no adverse effects were observed. The maximum recommended VM concentration for use in ornamental fish farming is 0.2 mg/L. Therefore, we consider that, following strictly the sanitary criteria and recommended concentration for ornamental fish, VM does not seem to cause any adverse effects.
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