Corpo Discente - Egressos

Eskálath Morganna Silva Ferreira
TítuloLEVEDURAS ANTÁRTICAS COMO AGENTES DE BIOCONTROLE EM DOENÇAS PÓS-COLHEITA DE MORANGOS
Data da Defesa21/01/2019
DownloadEm sigilo
Banca

ExaminadorInstituiçãoAprovadoTipo
Dra. Francisca Maria Pinheiro SousaUFTSimMembro
Dra. Juliana Fonseca Moreira da SilvaUFTSimMembro
Dr. Arison José PereiraUNITINSSimMembro
Dr. Guilherme Nobre L. do NascimentoUFTSimMembro
Dr. Raphael Sanzio PimentaUFTSimPresidente
Palavras-ChavesControle biológico;leveduras antagonistas;Antártica;Botrytis cinerea
ResumoO interesse pela avaliação do potencial biotecnológico de micro-organismos pertencentes a nichos ecológicos pouco explorados, como os derivados de ambientes antárticos, tem crescido nos últimos anos. Isto é devido, principalmente, ao fato da microbiologia da antártica ser uma ciência recente e pouco se conhecer sobre a biodiversidade e recursos genéticos dos microorganismos que habitam este ecossistema. Por ser adaptado a condições extremas, os microorganismos presentes neste ecossistema podem apresentar um grande potencial de utilização em vários processos biotecnológicos e na agricultura, como agentes de biocontrole. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de leveduras, isoladas a partir de substratos coletados na região Antártica, por meio da seleção de isolados, que apresentem perfil para a utilização em protocolos de controle biológico de doenças pós-colheita em morangos. Para tanto, foram isoladas leveduras de amostras das plantas Deschampia antartica Desv. (Poaceae), Colobanthus quitensis (Kunth) Bartl. (Caryophyllaceae), briófitas e biofilme provenientes de água de degelo, coletados em 18 pontos amostrais do continente Antártico. A seleção das leveduras antagonistas biocontroladoras constou da avaliação de teste de crescimento a 25°C e a 37°C, avaliação da produção das enzimas pectinases e celulases e avaliação do crescimento em suco de morango a 25° e 0°C. Após a seleção, foi avaliado a eficácia do biocontrole desenvolvido pela levedura em morangos e posteriormente investigado os possíveis mecanismos de biocontrole desenvolvidos pela levedura selecionada. Foram obtidos um total de 310 leveduras, identificadas como pertencentes a 34 espécies distintas. Dentre estas, foram selecionadas 20 espécies psicrófilas facultativas para seleção como agentes de biocontrole. A partir da seleção inicial, foram obtidas 3 espécies leveduras: Debaromyces hansenii, Rhodotorula mucilaginosa e Dioszergia hungarica. No entanto, apenas D. hansenii foi selecionada para o estudo in vivo de biocontrole por apresentar a característica de crescer em suco de morango a 0°C. D. hansenii apresentou nos testes de controle biológico uma redução da incidência do mofo cinzento de 82% para os ensaios realizados em lesão e 86% para os ensaios realizados por banho de imersão. E apresentou como principais mecanismos de biocontrole, o controle da germinação dos esporos dos fungos fipatogênicos, a produção de enzimas antifúngicas e resistência ao estresse oxidativo. Demonstrando desta forma que a seleção desta levedura da Antártica adaptada ao frio pode ser uma estratégia promissora de agente de biocontrole utilizada para o controle do mofo cinzento em frutos de morangos.
AbstractThe interest in evaluating the biotechnological potential of microorganisms belonging to ecologically poorly exploited niches, such as those derived from Antarctic environments, has increased in recent years. This is due mainly to the fact that Antarctic microbiology is a recent science and little is known about the biodiversity and genetic resources of the microorganisms that inhabit this ecosystem. Because they are adapted to extreme conditions, the microorganisms present in this ecosystem may have great potential for use in various biotechnological processes and in agriculture, as biocontrol agents. The objective of the present work was to evaluate the potential of yeasts, isolated from substrates collected in the Antarctic region, through the selection of yeasts, which present a profile for use in biological control protocols for post-harvest diseases in strawberries. For this, yeasts were isolated from Deschampia antartica Desv. (Poaceae), Colobanthus quitensis (Kunth) Bartl. (Caryophyllaceae), bryophytes and biofilm from melting water collected at 18 sampling points in the Antarctic continent. The selection of the biocontrolatory yeasts was evaluated by the test of growth at 25 ° C and 37 ° C, evaluation of the production of the enzymes pectinases and cellulases and evaluation of the growth in strawberry juice at 25 ° and 0 ° C. After the selection, the efficacy of the biocontrol developed by the yeast in strawberries was evaluated and later investigated the possible mechanisms of biocontrol developed by the selected yeast. A total of 310 yeasts were obtained, identified as belonging to 34 different species. Of these, 20 psychrophilic species were selected for selection as biocontrol agents. From the initial selection, 3 yeasts species were obtained: Debaromyces hansenii, Rhodotorula mucilaginosa, Dioszergia hungarica. However, only D. hansenii was selected for the biocontrol study because it presented the characteristic of growing in strawberry juice at 0 ° C. D. hansenii presented in the biological control tests a reduction in the incidence of gray mold of 82% for the tests performed in the lesion and 86% for the tests performed by immersion bath. And presented as main mechanisms of biocontrol, the control of spores germination of fipatogenic fungi studied, the production of antifungal enzymes and resistance to oxidative stress. This demonstrates that the selection of this cold-adapted Antarctic yeast may be a promising biocontrol agent used to control gray mold in strawberries.
Parceiros