Corpo Discente - Egressos

Paula de Lacerda Santos Ribeiro
TítuloEfeitos genotóxicos e histopatológicos de cloreto de mercúrio e nanotubos de carbono sobre Oreochromis niloticus e determinação da toxicidade aguda.
Data da Defesa15/03/2017
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Banca

ExaminadorInstituiçãoAprovadoTipo
Dra. Luciana dos Santos Medeiros _ Membro da Banca ExaminadoraUniversidade Federal do AcreSim
Dr. Dionatas Ulises de Oliveira Meneguetti _ Membro da Banca ExaminadoraUniversidade Federal do AcreSim
Dr. Francisco Glauco de Araújo Santos _ Membro da Banca ExaminadoraUniversidade Federal do AcreSim
Dr. Jorge Luis López Aguiar _ Membro da Banca ExaminadoraUniversidade Federal do AcreSim
Dr. Lisandro Juno Soares Vieira _ Presidente da Banca ExaminadoraUniversidade Federal do AcreSim
Palavras-Chavessais de mercúrio;nanopartículas;peixe e genotoxicidade
ResumoA região amazônica apresenta concentrações elevadas de mercúrio em seus diferentes compartimentos. Esse mercúrio quando disponível na água é convertido e assimilado pelo peixe, incorporando-o à cadeia alimentar. Os nanotubos de carbono com paredes múltiplas são estruturas de carbono com tamanhos nanométricos com ampla utilização na indústria. Diversos trabalhos existem avaliando a toxicidade de sais de mercúrio em peixes, no entanto são escassos resultados da interação desses dois compostos. Por esse motivo a presente pesquisa objetivou avaliar os efeitos toxicológicos da exposição de Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1758) ao cloreto de mercúrio e aos nanotubos de carbono separadamente e à sua associação após 96 horas de exposição, determinando a concentração letal dos contaminantes, as consequências genotóxicas em eritrócitos e histopatológicas nos tecidos branquiais. O. niloticus, não revertidos, foram expostos por 96 hs, em sistema semi-estático, a quatro testes de toxicidade: 1) 1,2 mg; 1,4 mg; 1,7 mg; 2,1 mg HgCl2 L-1; 2) 0,25 mg e 1,0 mg HgCl2 L-1; 3) 0,5 mg e 5,0 mg NTCPM- COOH L-1; e, 4) 1,1; 1,7; 2,0 mg NTCPM-COOH L-1, associado a 1,1 mg HgCl2 L-1. Nos testes 1 e 4 foram utilizados para encontrar a dose letal 50 (CL50-96hs) do cloreto de mercúrio individualmente, e associado ao NTCPM-COOH, respectivamente. Nos testes 2 e 3 utilizamos biomarcadores de genotoxicidade para avaliar os efeitos de cloreto de mercúrio e nanotubos de carbono de paredes múltiplas. Os eritrócitos foram analisados por microscopia de luz e quantificados os micronúcleos e as anomalias nucleares eritrócitas. A análise histopatológica foi realizada nas brânquias dos espécimes e calculado o Índice de Alterações Histológicas (IAH) e o Valor Médio de Alterações (VMA). A CL50-96hs de HgCl2 é 1,15 mg L-1, as concentrações dos testes 2 e 3 não causaram morte, sendo o maior valor de IAH médio encontrado na exposição ao NTCPM-COOH. Ambas substâncias apresentaram o broto nuclear como anomalia em maior frequência de ocorrência. A associação das substâncias apresentou sinergia positiva reduzindo a mortalidade dos espécimes em 10%.
AbstractThe Amazon region has high concentrations of mercury in its different compartments. This mercury when available in water is converted and assimilated by the fish, incorporating it into the food chain. Multiple-walled carbon nanotubes are carbon structures with nanometric sizes widely used in industry. Several studies have evaluated the toxicity of mercury salts in fish, however, they are scarce results of the interaction of these two compounds. Therefore, the present study aimed to evaluate the toxicological effects of Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1758) exposure to mercury chloride and carbon nanotubes separately and their association after 96 hours of exposure, determining the lethal concentration of the contaminants, the consequences genotoxic in erythrocytes and histopathology in gill tissues. O. niloticus, non- reverted, were exposed in a semi-static system to four toxicity tests: 1) 1.2 mg; 1.4 mg; 1.7 mg; 2.1 mg HgCl2 L-1; 2) 0.25 mg and 1.0 mg HgCl2 L-1; 3) 0.5 mg and 5.0 mg NTCPM-COOH L-1; and, 4) 1.1 mg; 1.7 mg; 2.0 mg NTCPM-COOH L-1, associated with 1.1 mg HgCl2 L-1. In test 1 and 4 were used to find the lethal dose 50 (LC50-96hs) of mercury chloride individually, and associated with NTCPM-COOH, respectively. In test 2 and 3 we used genotoxicity biomarkers to evaluate the effects of mercury chloride and multiple-walled carbon nanotubes. The erythrocytes were analyzed by light microscopy and the micronuclei and erythrocyte nuclear abnormalities were quantified. The histopathological analysis was performed on the gills of the specimens and the Histological Alterations Index (AHI) and the Mean Value of Changes (VMA) were calculated. The LC50-96hs of HgCl2 is 1.15 mg L-1, the concentrations of tests 2 and 3 did not cause death, and the highest average AHI was found on exposure to NTCPM-COOH. Both substances presented the nuclear bud as an anomaly with a higher frequency of occurrence. The association of the substances presented positive synergy reducing the mortality of the specimens by 10%.
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