Título | Estudo do mecanismo de ação antiinflamatório e imunoregulador do extrato hidroetanólico de Mandevilla longiflora (Desf.) Pichon (VELAME-BRANCO). |
Data da Defesa | 03/03/2016 |
Download | Em sigilo |
Banca
Examinador | Instituição | Aprovado | Tipo |
---|
Dra. Evanice Menezes Marçal Vieira - Membro da Banca Examinadora | Universidade de Cuiabá | Sim | | Dra. Nair Honda Kawashita - Membro da Banca Examinadora | Universidade Federal de Mato Grosso | Sim | | Dra. Neyres Zínia Taveira de Jesus - Membro da Banca Examinadora | Universidade do Estado de Mato Grosso | Sim | | Dr. Domingos Tabajara de Oliveira Martins - Presidente da Banca Examinadora | Universidade Federal de Mato Grosso | Sim | | Dr. Fabrício Rios Santos - Membro da Banca Examinadora | Universidade Federal de Mato Grosso | Sim | |
|
Palavras-Chaves | Mandevilla longiflora;inflamação;imunoregulação. |
Resumo | Mandevilla longiflora (Desf.) Pichon (sinônimo heterotípico de Macrosiphonia longiflora Desf. Mull. Arg., Mandevilla guarantica A. St.-Hil. Müll. Arg. e Echites longiflorus Desf.) é uma planta da família Apocynaceae popularmente conhecida como “velame’, “velame-branco”, “velame-grande”, “flor-de-babado”, “flor-de-babeiro”, “babado-de-Nossa-Senhora” ou “jalapa-branca” e amplamente utilizada na medicina tradicional, sob as formas de macerado, decocto e infuso, como anti-inflamatória, anti-reumática, depurativa, anti-sifilítica e antiulcerogênica. É um subarbusto nativo da América do Sul, sendo no Brasil encontrada nos domínios fitogeográficos do Cerrado, Pampa e Mata Atlântica. Apesar de seu uso difundido para o tratamento de inflamações, principalmente pela polução que habita o Centro-Oeste do Brasil, poucos são os estudos que validam esta atividade farmacológica. Este trabalho objetivou elucidar os possíveis mecanismos de ação do extrato hidroetanólico da M. longiflora (EHMl) em ensaios in vivo e in vitro, buscando-se reforçar, do ponto de vista científico, seu uso popular. Foram utilizados modelos de inflamação crônica em roedores além de ensaios em cultura de células RAW 264.7. No modelo murino de asma alérgica induzida por ovalbumina foi possível avaliar o efeito do EHMl sobre o influxo de leucócitos para as vias aéreas, no lavado broncoalveolar (LBA) e nas análises histopatológicas dos pulmões, além do seu efeito sobre a produção de citocinas (IL-4, IL-5 e IL-13), imunoglobulinas (IgE) e leucotrieno (LTB4). Através dos macrófagos murinos estimulados foram avaliadas a participação da via dos eicosanoides (COX-2 e PGE2), da via do óxido nítrico (Griess), de citocinas (TNF, IL-1β, IL-10) e de fatores quimiotáxicos (ICAM-1), além da expressão de MAPKs fosforiladas (p38, ERK-1/2 e JNK). Os resultados obtidos no modelo de asma alérgica demonstraram que o EHMl foi capaz de diminuir o processo inflamatório das vias aéreas através da diminuição do influxo de leucócitos no LBA e pulmão, da inibição da produção de citocinas e de imuboglobulina e leucotrieno. Além do mais, os resultados in vitro em macrófagos demosntraram que o efeito anti-inflamatório do EHMl depende da diminuição de substâncias envolvidas com a via dos eiosanoides, com moléculas quimiotáxicas, citocinas e óxido nítrico, não dependendo da fosforilação das MAPKs. Todos estes reultados reforçam, do ponto de vista científico, a indicação popular da M. longiflora como potencial terapia anti-inflamatória. |
Abstract | STUDY OF THE ANTI-INFLAMMATORY AND IMMUNOREGULATORY MECHANISM OF ACTION OF THE HIDROETHANOLIC EXTRACT OF Mandevilla longiflora (Desf.) Pichon (VELAME-BRANCO). ALMEIDA, D.T.A. Thesis presented to the Coordination of Program Postgraduate on Biodiversity and Biotechnology from Bionorte Network as requirement for obtaining a Doctorate in Biotechnology Line of Research on Bioprospecting and Development of Bioprocess and Bioproducts. Advisor: Prof. Tabajara Dr. Domingos de Oliveira Martins. Mandevilla longiflora (Desf.) Müll. Arg (heterotypic synonym for Mandevilla longiflora Desf. Pichon, Mandevilla guarantica A. St.-Hil. Müll. Arg. and Echites Longiflorus Desf.) is an Apocynaceae family plant popularly known as ―velame‘, ―velame-branco‖, ―velame-grande‖, ―flor-de-babado‖, ―flor-de-babeiro‖, ―babado-de-Nossa-Senhora‖ ou ―jalapa-branca‖ and widely used in traditional medicine in the forms of of maceration, decoction and infusion as anti-inflammatory, anti-rheumatic, depurative, anti-syphilis and anti-ulcer effect. It is a subshrub native of South America, and in Brazil found in phytogeographical areas of Cerrado, Pampa and Foresta Atlântica. Despite its widespread use for treatment of inflammation, mainly by the population that living in the Centro-Oeste of Brazil, there are few studies that validate this pharmacological activity. This study aimed to elucidate the possible mode of action of hydroethanolic extract of M. longiflora (EHMl) on in vivo and in vitro tests, seeking to strengthen the scientific point of view, its popular use. Chronic inflammation models in rodents and culture cells of RAW 264.7 have been used. In a murine model of allergic asthma induced by ovalbumin was possible to assess the effect of EHMl on leukocyte influx into the airways, in the bronchoalveolar lavage fluid (BALF) and in the histopathological analysis of the lungs, beyond their effect on cytokine production (IL -4, IL-5 and IL-13), immunoglobulin (IgE) and leukotriene (LTB4). Through the stimulated murine macrophages were evaluated the participation of eicosanoids pathway (PGE2 and COX-2), the nitric oxide (Griess), cytokines (TNF, IL-1β, IL-10), chemotactic factors (ICAM- 1), and the expression of phosphorylated MAPK (p38, ERK-1/2 and JNK). The results obtained in the model of allergic asthma have shown that EHMl was able to reduce airway inflammation by decreasing the influx of leukocytes in the BAL and lung, inhibiting the production of cytokines and imunoglobulin and leukotriene. Furthermore, in vitro results demonstrated that the anti-inflammatory effect of EHMl depends on the substances involved with the pathway of eicosanoids, with chemotactic molecules, cytokines and nitric oxide, but does not depend on the phosphorylation of MAPK. All these reultados reinforce, from a scientific point of view, the popular statement of M. longiflora as a potential anti-inflammatory therapy. |